16 setembro, 2013

O que eu queria ser, e o que sou hoje


Eu sempre fui uma garota reservada. Até meus doze anos eu era muito tímida, e isso me prejudicava muito. Nunca fui a garota gorda da sala, mas também nunca fui a mais magra. Meu corpo tinha lá seus defeitos, mas eu era ajustadinha. Sempre quis ter o corpão que minhas amigas da escola tinham. Elas eram altas, eram bonitas, e todos os meninos faziam de tudo pra impressionar elas, enquanto eu, devia ta por ai lendo algum livro ou se preocupando porque meu peito demorava tanto a crescer.

 Essa sempre foi uma das minhas maiores preocupações, hoje nem me preocupo muito com isso. Sempre achei estranho o fato de que os meninos não se aproximavam muito de mim, eu era notada como a estranha, por onde quer que eu fosse ( hoje em dias isso não mudou ), nunca gostei de andar na moda como elas.Sempre optei por aquilo que me fazia bem. Nunca gostei de vestidos, shorts curtos, ou salto alto. Sempre fui apaixonada pelo all' star e pela meia calça rasgada. Ah, e que se foda, sempre gostei de chamar palavrão, sempre dá mais emoção a vida.

Hoje em dia nada disso mudou. Ainda me visto assim, e me sinto bem. O que mudou é que tanto meus amigos quando as pessoas que me conhecem me admiram pelo meu jeito de ser. Eles gostam do meu jeito diferente que me visto, de que não sigo a sociedade e que sempre opto por ser eu mesma. Daqui alguns dias faço quinze anos, e quem me vê acha que tenho treze. Não mudou muito o fato de que ainda pareço uma garotinha. Não tenho corpão, sou pequena (1.58 de altura), e em plenos quize anos, só peso 43 kg.

Ah, hoje os garotos me admiram por eu ser assim, mas encontrei o namorado dos sonhos, onde ele bem antes de qualquer um desses, me admirou pelo que eu era, quando ninguém me percebia. Ele sempre amou meu jeito e meu estilo, e foi por ele que aprendi a ser sempre eu mesma a uns três anos atrás quando conheci ele. Ah, e também gostaria de agradecer a minha mãe, que sempre me apoiou em minhas decisões, mesmo quando eu pedi pra ela pintar meu cabelo de rosa, e rasgar todos os meus shorts. 

Hoje, eu sempre falo pra as pessoas serem elas mesmas, independente do que os outros acham, pois seguir a porra da sociedade, não vale muito a pena. Então, hoje eu reconheço que não mudaria nada em mim. Prefiro ser a estranha, diferente de todas as minhas amigas, que ser igual a todas elas, e seguir um padrão que não tem nada a ver comigo. Aprendi que quem realmente gosta de você vai estar com você, mesmo que ninguém mais queira estar, independente de como você esteja.

Espero que todas as meninas que ler isto, se sintam melhor. E nunca esqueçam de ser vocês mesmas, porque não existe pecado maior, do que a gente ser o que não é, e mostrar aos outros uma imagem diferente de quem você é de verdade. 

— Jheny Lopes

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