27 maio, 2013

Um final nada feliz.


E assim, começo mais uma de minhas histórias mal contadas.Ninguém sabe a verdadeira história, ninguém sabe se isso realmente aconteceu, mas para mim ela é real e eu preciso contar a vocês. Tudo aconteceu no ano de 1980, numa pequena cidade, onde o frio tomava conta nos quatro cantos daquele lugar. As pessoas que lá habitam, tem um grande receio em falar sobre a tal história, mas eu desconheço essa tal palavra, e me acho no dever de contar a vocês cada mínimo detalhe. Começo mais uma de minhas histórias, com uma grande pergunta: " A que ponto você chegaria quando se trata do amor?" Bem, eu faria grandes coisas, mas no mesmo instante volto atrás com minhas palavras. Assim aconteceu com o casal Joseph e Fernanda, não sei bem dizer a vós se isso pode ser chamado de amor, mas ao decorrer da história vocês entenderam. 

Joseph e Fernanda haviam acabado de se casar e assim como qualquer casal, tinham grandes planos para o futuro, mas , o futuro não havia sido reservado para o tal casal. A história se inicia quando o Joseph sofre um grande acidente de carro, logo após 2 anos que haviam se casado. Esse tal acidente havia mudado o rumo das coisas, e ficará grandes sequelas em sua vida, ele acabou adquirindo um grande problema mental, mas isso não diminuía  o amor que a Fernanda sentia por ele, muito pelo contrário, seu amor só aumentava. Não irei me prender com o tal acidente, pois a parte principal é o rumo que as coisas tomaram depois desse acidente. Joseph avia se tornado uma pessoa agressiva, e digamos que se tornou um psicopata.
 Todos mandaram a Fernanda se afastar, mas ela não gostava muito da ideia. Em uma noite, eles haviam ficado só, pela primeira vez a pedido de Fernanda, ela queria ajudá-lo a voltar a ser quem ele era, mesmo que a tal coisa fosse impossível. Sua mulher então preparou um jantar, com a comida preferida dele, e eles jantaram em paz, sem que ele desse nenhum sinal de loucura constante. Tudo corria bem, até que a Fernanda recebe uma ligação de um amigo da faculdade. Joseph arregalou os olhos para ela, e constantemente perguntou:
— Quem é ? — Fernanda com medo da cara que ele demonstrava, não quis dizer:
— Meu amor, não é ninguém ! — Mesmo assim ele continuou: 
— Quem é  E ela mais uma vez exclama:
— Não é ninguém ! — Joseph então se levanta com um tom furioso e fala:
— Você está me traindo sua vadia, você merece morrer. Se você não for minha, não será de mais ninguém.
Fernanda arregala os olhos, e quando foi tentar correr, foi acertada com uma facada fatal no coração, e caiu no chão como um objeto que cai das mãos de alguém. Sim, ele havia a matado. Ele então olha para a cena, e reconhece que havia matado a Fernanda. Por um segundo para e começa a chorar, não sabia o que fazer, não sabia o que dizer, então ele fala para si mesmo:
— Ninguém pode saber que foi eu, mas eu precisei fazer aquilo, eu a amava. Se ela não fosse minha, não podia ser de mais ninguém. 
Essas foram as últimas palavras que o tal psicopata deu, ele foi até a estante da sala, e colocou o Cd que a Fernanda mais gostava de ouvir, e por mais incrível que pareça, começou todo um ritual. Ele pegou uma faca, a maior que encontrou, e ali partiu o corpo de sua amada em pedaços. Primeiro degolou a cabeça, depois os braços, as pernas e assim continuou. Será que isso pode ser chamado de amor? Depois que havia cortado o corpo em pedaços, ele então colocou dentro de uma pequena mala, e logo após chorou. Suas lágrimas poderiam ser ouvidas por qualquer um a milhas de distâncias, mas eram apenas lágrimas de um psicopata, que havia matado a pessoa que mais o amava. Ele precisava ser rápido, o dia já estava amanhecendo, alguém poderia vê-lo, mas ninguém poderia saber do tal acontecimento. 
Ele foi até o quintal, pegou a par e cavou um buraco muito fundo, havia quase dois metros de profundidade. Beijou a mala onde estava o corpo de sua esposa, colocou dentro de uma grande sacola, e jogou sem pena. Enterrou rapidamente, e encima colocou um buquê de flores para demarcar o lugar. Ele entrou, limpou o sangue e não deixou um vestígio sequer. Ninguém desconfiaria. Para ele tudo estava normal, nada havia acontecido. Joseph tomou um banho, e foi tomar seu café da manhã. O que ele não desconfiava, é que na noite passada as pessoas haviam escutado uns gritos em sua casa, e como as pessoas descreveram, gritos estranhos. Joseph entra em total desespero, ficava andando de um lado para o outro de sua casa, sem um rumo certo. E agora? O que fazer? Esse era o pensamento do Joseph naqueles minutos, ele estava ferrado. Como não era de se esperar, bateram em sua porta, e ele caiu em total desespero, a casa caiu! 
Ele então tentou manter a calma, e foi abrir a porta. Os policiais logo desconfiaram e perguntaram ao Joseph:
— Onde está sua mulher? — E ele tentando manter a calma exclamou:
— Foi viajar esta manhã . — E os policiais então com olhar de total desconfiança falaram:
— Iremos revistar a casa, afaste-se. 
Ele tentou manter a calma, e ofereceu até um café aos policiais. Joseph acabou ficando meio encabulado com um dos policiais, que a todo momento ficava olhando para ele com um olhar frio, ele tentou manter a calma, mas ele era completamente um doente mental, e não gostava que ninguém ficasse o encarando, suas mão começou a suar frio, e já não conseguia mais nada. Ele sentou-se ao chão e começou a cantar a música dela preferida. Os policiais logo notaram que ele havia algo a esconder. Os policiais fizeram uma grande pressão, e ele dizia:
— Eu juro que não fiz por mal, eu juro que não fiz por mal ... — E assim continuou por alguns minutos. Depois de muito pressionar, ele acabou falando aos policiais cada mínimo detalhe, e acabou mostrando onde o corpo estava. Joseph olhou para a mala e disse:
— Eu fiz tudo isso por amor, eu juro que foi por amor.
Logo após, os policiais o levaram para a prisão, onde pegou prisão perpétua. Ele havia ficado em uma sala solitária, especial para pessoas que em os mesmo problemas que ele, mas de uma semana não passou, de tanto ele bater a cabeça na parede e repetir " Eu matei ela por amor" ele acabou sofrendo um traumatismo craniano, e acabou morrendo. Ninguém sabe bem o porque de que tanto as pessoas temem em falar sobre a tal história, mas as pessoas daquele local até hoje tem medo de passar perto ou morar na casa do tal acontecimento. E agora mais uma vez volto a fazer a mesma pergunta que fiz no início: " A que ponto você chegaria quando se trata do amor?"

( Jheny Lopes)


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